A logística é um dos principais centros de custo do varejista, e oferecer um serviço de qualidade com um custo baixo é sempre um grande desafio. Além disso, para muitos produtos, a logística pode representar uma parte importante do custo final.
Na verdade, essa é uma grande missão para o varejo: fazer com que os produtos cheguem cada vez mais rapidamente ao consumidor, com preços que sejam convidativos.
Por isso, a escolha do fluxo logístico para abastecer os produtos é uma decisão essencial para equilibrar o custo da logística e o serviço às lojas.
Realizar um fluxo logístico inteligente pode contribuir com a redução desses custos dos varejistas e também promover mais competitividade.
Fluxos logísticos: quais existem, por que utilizá-los e quando utilizá-los?
O produto do varejista precisa sempre estar disponível aos seus clientes no momento de suas demandas, se isso não ocorreu, é porque houve algum problema de logística.
É preciso ajustar esses ponteiros para que o varejista não sofra dores de cabeça em seu negócio, especialmente porque os consumidores estão adotando novos hábitos, são mais conscientes sobre seus direitos e exigentes a respeito dos produtos. É preciso gerar alta performance para garantir a movimentação dos produtos e seus fluxos.
Porém, cada fluxo logístico vai envolver um custo para o varejista e as empresas precisam adotar soluções para resolver essa equação. Isso significa que, para o varejo, a logística deve ser ainda mais estratégica e tática para que não impacte nos custos do varejista.
Para gestão desses custos, existem 3 fluxos logísticos que podem ser utilizados, mas vai depender do tipo e prazos dos produtos e tipos de fornecedor.
Fluxo Centralizado
Nesse fluxo, podemos dizer que existe um alerta vermelho no centro de custo para o varejista, porque é o mais caro para ele, porque tem que operar em um Centro de Distribuição com armazém de produtos.
Deverá ser utilizado com fornecedores com baixo nível de serviço e/ou com prazo de entrega longo ou produtos que necessitam de abastecimento fracionado/unitário.
O custo dessa solução inclui a infraestrutura, os sistemas, todas as operações dentro do Centro de Distribuição, como controle, armazenagem, preparação e expedição, além do transporte para entregar às lojas. Tem também o custo financeiro de ter um estoque no Centro de Distribuição.
No entanto, o CD tem vantagens como centralizar os estoques, manter maior controle do processo, agilizar a entrega e proporcionar localização estratégica.
Para esse fluxo, o aumento aparente do custo da logística para o varejista deve ser compensado em parte por um desconto logístico do fornecedor e em parte por um serviço melhor às lojas. A solução final deve resultar em uma cadeia mais eficiente.
Muitas metodologias e ferramentas foram desenvolvidas nos últimos anos para otimizar a produtividade e o custo das operações.
Entrega do fornecedor diretamente na loja
Para o centro de custo do varejista, esse fluxo tem sinal verde. É oposto ao fluxo centralizado, porque é mais barato para o varejista.
Pode ser usado quando:
- São produtos volumosos e de alto giro que permitem uma maior frequência de abastecimento, para fornecedores confiáveis;
- São frágeis ou perigosos, cuja quantidade de manipulações deve ser evitada;
- Os fornecedores locais cujo estoque centralizado não traz os benefícios esperados;
- São produtos com prazo e validade curtos.
O fornecedor entrega diretamente na loja e o único custo logístico do varejista é o custo de recepção nas lojas.
Apesar de ser menos trabalhado, por ter equipes pulverizadas nas lojas e um foco maior na venda, a logística dentro da loja representa um custo alto na distribuição:
- 40% do custo da cadeia;
- Enquanto a logística central representa, geralmente, 20%;
- Já os 40% restante são do fornecedor.
Cross docking
O custo para o varejista com o fluxo realizado por cross docking fica em um meio termo entre o fluxo centralizado e a entrega do fornecedor diretamente na loja. Neste caso, existe o custo do Centro de Distribuição com uma área de fluxo e sem armazenagem.
Pode ser realizado quando:
- Os fornecedores têm alto nível de serviço e lead time de entrega curto;
- Os produtos de validade curta se a operação de cross docking é ágil e a expedição sincronizada com os recebimentos;
- São itens de demanda regular, como produtos com vendas previsíveis.
No fluxo de Cross Docking, existem as operações no Centro de Distribuição, entretanto essas são mais simples que no fluxo centralizado com armazenagem: são realizadas menos manipulações e por consequência, necessita-se menos infraestrutura, sistemas mais simples e menos pessoas.
É um fluxo bastante utilizado pelos e-commerces, que são lojas virtuais que não necessitam de uma infraestrutura muito grandiosa. Apesar disso, muitas lojas físicas também estão adotando esse sistema.
O aumento aparente do custo da logística para o varejista deve ser compensado em parte por um desconto logístico do fornecedor, que vê seu custo de transporte e seu custo administrativo diminuir, e em parte por um serviço melhor às lojas.
A solução final deve resultar em uma cadeia mais eficiente.
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