No âmbito de suas AVALIAÇÕES PARA LICITAÇÕES em Consultorias de Gestão, a Revista Supply Chain entrevistou Gil Yaniv, Associado da DIAGMA, sobre as principais evoluções esperadas na cadeia de suprimentos nos próximos 5 anos.
Quais serão as principais evoluções na cadeia de suprimentos nos próximos 5 anos? Em um contexto tenso internacionalmente, com aumento nos custos de matérias-primas e energia, desenvolvimento tecnológico contínuo, especialmente em inteligência artificial generativa, e a necessidade de preservar o planeta… aqui estão as principais tendências identificadas por Gil Yaniv, Associado da DIAGMA.
A ABORDAGEM LOCAL SERÁ ACELERADA
Os objetivos no domínio do desenvolvimento sustentável serão cada vez mais destacados. As cadeias de suprimentos já foram objeto de novas reflexões após a Covid (para reduzir a dependência da China) e as tensões comerciais (China/EUA…). E acreditamos que a abordagem « local » será acelerada. As empresas implementarão meios para evitar o transporte de produtos fabricados na China pelo mundo. Elas também se aproximarão dos centros de consumo.
O segundo aspecto relacionado ao desenvolvimento sustentável diz respeito ao crescimento da mobilidade de baixo carbono (caminhões elétricos, entrega de bicicletas, ferrovia, etc.). Já estamos trabalhando nesse tema em nome de clientes preocupados em descarbonizar sua carga.
EXPANSÃO DA ECONOMIA CIRCULAR E DA SEGUNDA VIDA
A reutilização, economia circular e segunda vida constituem a terceira tendência que poderá se desenvolver consideravelmente na cadeia de suprimentos nos próximos 5 anos. Esta tendência é observada no setor têxtil, com um ator como o Vinted. Mas também estamos vendo isso acontecer na indústria automotiva ou de telecomunicações. Isso exigirá o estabelecimento de cadeias de suprimentos mais locais: estoques de peças de reposição para reparos, locais de reparo próximos, etc.
Esse aumento de complexidade da cadeia de suprimentos levanta a questão da rentabilidade. Para produtos caros, como caldeiras, a reparação é justificada sem dificuldade. Por outro lado, a viabilidade econômica de consertar um secador de cabelo ou uma cafeteira é questionável. Também prevemos um aumento nas taxações para incentivar a produção local e o investimento em projetos sustentáveis. Isso pode incluir taxas sobre importações, estabelecimento de ecotaxas, ecoembalagens, etc.
DIGITALIZAÇÃO, IA E MECANIZAÇÃO INTENSIFICADAS
Além disso, prevemos uma aceleração da digitalização e do uso de IA. Isso deve se destacar especialmente na rastreabilidade, gestão de eventos imprevistos, estoques, previsões de vendas…
Ao longo de cinco anos, a mecanização também continuará a se desenvolver. De fato, a escassez de mão de obra e o aumento da idade média dos operadores exigem a redução da dificuldade no armazém. Também acreditamos na continuação dos fenômenos de externalização para promover a agilidade das cadeias de suprimentos.
UMA MAIOR COLABORAÇÃO ATRAVÉS DE PROGRESSOS TECNOLÓGICOS E CONSIDERAÇÕES ECOLÓGICAS
Por fim, os princípios de colaboração precisarão ser reforçados no setor. Eles se concentrarão especialmente nas entregas, mas também na implementação de cadeias de reciclagem intra-setoriais. Temos a sensação de que os avanços tecnológicos e a consciência ecológica devem facilitar o compartilhamento de informações e iniciativas de colaboração.
Além disso, iniciadas recentemente, as reflexões sobre o equilíbrio entre prazo de entrega e desenvolvimento sustentável devem continuar. A longo prazo, novas tecnologias no campo do transporte, especialmente veículos autônomos, devem revolucionar a cadeia de suprimentos.
- PARTE 1 – EMBARCADORES, DIGITALIZEM SEUS TRANSPORTES!
- PARTE 2 – EMBARCADORES, PROTEJAM SUAS CAPACIDADES DE TRANSPORTE!
- PARTE 3 – EMBARCADORES, OTIMIZEM SEUS CARREGAMENTOS!
- PARTE 4 – TRANSPORTADORES, APROXIMEM-SE DO CONSUMIDOR!
- PARTE 5 – TRANSPORTADORES, REDUZAM A SUA EMISSAO DE CARBONO!
- PARTE 6 – AUTOMAÇÃO DO HUB LOGÍSTICO CLARINS PELA DIAGMA E SCALLOG!
- PARTE 7 – VEÍCULOS ELÉTRICOS, FAÇA AS ESCOLHAS CERTAS