No dia 07/11/2018, a DIAGMA organizou um café da manhã sobre o tema “Gestão do Conhecimento, Big Data e Open Data na Supply Chain”. Três palestrantes compuseram o debate e expuseram as seguintes convicções para a plateia:
Marcos Cavalcanti
Doutor em Informática da Université de Paris XI - (Paris-Sud), Professor do Programa de Engenharia da Produção, Coppe – UFRJ e Coordenador Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie):
– “Data is the new oil”. O mundo está mudando de era, onde o valor não está mais na terra, no capital ou no trabalho, mas no conhecimento. As 5 primeiras capitalizações na bolsa são empresas de tecnologia;
– Nesse mundo, o dado está disponível, mas nem sempre é valorizado. As empresas precisam descobrir “qual dado pode ser útil”, refletindo sobre o que elas precisam melhorar, e não sobre “como o dado pode ajudar”;
– Além do dado, o que mais transforma o mundo é a conexão em redes. O usuário de ônibus pode hoje ser o “fiscal” das operadoras de ônibus, como o consumidor pode ser o “fiscal da ruptura”.
Aurélien Jacomy
Engenheiro de Produção da Ecole Centrale Paris, Mestrado em Organização dos Sistemas Industriais e Logísticos, CEO da Diagma Brasil:
– Os dados permitem otimizar vários processos da Supply Chain mas, aos poucos, se tornam críticos, visto que dados de má qualidade podem bloquear as operações. As empresas precisam, rapidamente, implementar processos de gestão dos dados, antes de quererem utilizá-los cada vez mais;
– O Big Data é muitas vezes considerado para melhorar o processo de previsão. Em linha com Marcos Cavalcanti, Aurélien destacou que é necessário refletir sobre “os objetivos” da previsão, para definir quais são as variáveis a serem consideradas;
– Para se ter sucesso na utilização do Big Data, é necessário: o Adotar uma arquitetura de sistemas adequada à uma massa de dados maior, ao tempo real;
– Definir os meios de coleta, controle da qualidade e análise dos dados; o Implementar uma organização que possa transformar as análises em tomada de decisão.
João Miguel Benedetto
Engenheiro de Produção da UFRJ, Diretor de Abastecimento da Leroy Merlin Brasil:
– A Leroy Merlin está passando por um processo de transformação do seu abastecimento para se adequar à nova realidade omnichannel dos seus clientes e ao aumento exponencial da complexidade de gestão da sua gama;
– Novos algoritmos de previsão e abastecimento devem ajudar as equipes da Leroy Merlin a focar nas exceções no planejamento (promoção, novidades) quanto na execução (greve dos transportes, problema de entrega de um fornecedor);
– Se a “máquina” tem capacidade para tomar cada vez mais decisões na cadeia de abastecimento da empresa, as equipes das lojas continuam responsáveis pelos resultados da empresa. Existe um trabalho cultural importante para “confiar na máquina”.
Ao final do evento, Aurélien e Benedetto comentaram os principais pontos discutidos, no vídeo abaixo:
Confira na íntegra a palestra do Professor Marcos Cavalcanti e deixe o seu comentário!